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Importância do manual de boas práticas em açougues

O açougue é um serviço de alimentação que realiza as seguintes atividades: manipulação, fracionamento, armazenamento e exposição à venda alimentos, certo? Logo, ele se encaixa na RDC nº 216, de 2004, que dispõe sobre o regulamento técnico de boas práticas para serviços de alimentação.

Na RDC nº 216, na seção sobre documentação e registro, há a seguinte especificação: “os serviços de alimentação devem dispor de Manual de Boas Práticas e de Procedimentos Operacionais Padronizados. Esses documentos devem estar acessíveis aos funcionários envolvidos e disponíveis à autoridade sanitária, quando requerido”. Isso significa que, sim, um açougue deve ter um manual de boas práticas.

Agora, você pode se perguntar: mas por quê? Qual é a importância de ter um manual de boas práticas para açougue? Abaixo, listamos alguns dos benefícios:

Controle dos processos de produção;

  • Facilidade em treinar novos funcionários;

  • Diminuição de acidentes e imprevistos;

  • Redução de desperdício e perdas de alimento;

  • Maior produtividade;

  • Alinhamento da equipe em relação aos objetivos da empresa;

  • Diminuição dos riscos de contaminação;

  • Fidelização dos clientes;

  • Adaptação às regras da ANVISA;

  • Instalação de uma política de controle de qualidade;

  • Comprometimento com a segurança dos alimentos;

  • Possibilidade de focar em alavancar o negócio.


Elaborando um manual de boas práticas para açougue

Com tantas vantagens, não há por que deixar a execução do manual para depois, certo? Vamos, então, entender o que consta neste documento.

De início, a RDC nº 216 especifica que os seguintes assuntos precisam ser contemplados pelo manual de boas práticas: requisitos higiênico-sanitários dos edifícios, manutenção e higienização das instalações, dos equipamentos e dos utensílios, o controle da água de abastecimento, o controle integrado de vetores e pragas urbanas, a capacitação profissional, o controle da higiene e saúde dos manipuladores, o manejo de resíduos e o controle e garantia de qualidade do alimento preparado.

Apesar ser bem abrangente, é importante que cada estabelecimento tire um tempo para analisar as limitações e a realidade do seu trabalho. Nesse processo, o auxílio de uma nutricionista é essencial, afinal, cabe a este profissional identificar irregularidades, corrigi-las e implementar o que está escrito no manual de boas práticas.


Em um açougue, temos alguns pontos críticos como o controle de temperatura da carne e da câmara frigorífica ou geladeira, tanto nas etapas de armazenamento quanto descongelamento. Outro ponto importante é o conhecimento do fornecedor. Vale a pena ter uma parte no manual com critérios para escolha do fornecedor e todos os dados que julgar essencial para garantir os valores éticos desta relação comercial.

De uma maneira geral, podemos dividir o manual de boas práticas para açougue nos seguintes tópicos:

Procedimentos e critérios: abrange o pré-preparo de carnes, o armazenamento e descongelamento.

  • Higienização do local: aqui, é possível especificar quais produtos são utilizados na limpeza, qual sua frequência, quem é o responsável, além do detalhamento sequencial com os POPs.

  • Estrutura física do estabelecimento: como é a divisão do açougue? O que cada dependência deve dispor? Como deve ser o piso, a parede, o teto? Quais são as especificações sanitárias para os equipamentos e utensílios? Essas são apenas algumas das perguntas que você pode responder nesta parte.

  • Aquisição de alimentos: fala, principalmente, sobre a seleção dos fornecedores.

  • Recebimento de alimentos: como é a área do recebimento? Quais são os horários, como é feito o monitoramento? O que deve ser conferido na hora da entrega? Detalhe, sempre, o máximo possível.

  • Equipamentos e utensílios: nesta parte, fale sobre o que é preciso levar em consideração na compra desses equipamentos e utensílios, como é realizada a manutenção, quais são os melhores materiais, entre outras informações.

  • Higiene geral: quais são os tipos de produtos usados, suas indicações de uso, precauções e diluição? Qual é a frequência da desinsetização e desratização? Aqui, os POPs também são bem vindos para explorar os procedimentos de boas práticas, como, por exemplo, a limpeza de azulejos, do moedor de carnes, etc.

  • Pessoal: contém orientações sobre o controle de higiene pessoal, treinamentos, cuidados gerais de saúde, informações sobre doenças e segurança do trabalho.

  • Controle de vetores: o que o açougue faz para impedir a entrada e proliferação de vetores e pragas urbanas, como ratos, moscas e baratas?

A essa altura você está pensando quantas horas, dias ou meses irá gastar para ter um manual de boas práticas para açougue completo e digno de parabenizações. Não podemos negar que este é, sim, um documento complexo, mas extremamente essencial.

Para facilitar e otimizar o processo, conte com a ajuda da RB Consultoria e Assessoria em Serviços de Alimentação.




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